Por Beatriz Santos Estou por aí, caminhando sobre migalhas de almas partidas e cansadas, exaustas pelo cotidiano, pela pressão, pela solidão de viver um mundo de prioridades, um mundo de um umbigo só. Estou por aí, redundante, repetitiva, recolhendo os fragmentos que consigo guardar no bolso, no peito, na memória, no tato e nas palavras.... Continuar Lendo →
Vinho-flor e madrugada
Por Beatriz Santos Que me excedo eu assumo Ser presente mas as vezes sumo Sou veneno e sou a cura Álcool e atadura Os extremos, criatura O pincel das caricaturas Desvirtuada nas suas curvas Sou pureza e toxina Rocha rara com ponta fina Amo forte mas ao longe Incansável feito monge Poeta sem hora data... Continuar Lendo →
Vida-morte e liberdade.
Por Beatriz Santos Morri inúmeras vezes dentro dessa cidade. Nela mesma eu amei infinitamente até meu último suspiro. E todas as vezes que sou tomada pelo medo de viver a minha forma, morro mais uma vez. E ainda assim, antes de me tornar o irrelevante, sou incapaz de abrir mão das maravilhas que descobri. Eu... Continuar Lendo →
Fração.
Por Beatriz Santos Em poucas palavras, derramei aquela lágrima na sua boca. Você gritava comigo. A amargura da minh'alma produziu o doce sabor. Mas você não sentiu. Mentiu quando disse que importava. Em gestos simples sangrei, apelativa nos teus olhos. Mas nem mesmo marejou com meu toque de vida. Continua a odiar. Fraca, fiquei ao... Continuar Lendo →
Fortuito.
Por Beatriz Santos Soube que sou o erro terno da figura, faísca, fagulha na rasteira do pertencimento. Na cultura das escolhas definidas, solitárias não significam nada quando se tem na mente o inalcançável. Outrora, o direito era o ombro do divino, decaído claro - ousadia demais - mas quando penso em caminho relembro: sou bilateral... Continuar Lendo →